segunda-feira, 27 de maio de 2013

Alguém tem as respostas?

Olha só, gente, hoje eu não estou afim de escrever bonitinho e também não quero enchê-los com palavras rebuscadas que podem deturpar o sentido da minha mensagem. Algumas serão inevitavelmente encontradas pelo caminho porque tenho dificuldade pra largá-las, mas vou tentar ser bem clara, o.k.?
É o seguinte: alguém me explique porque as pessoas (e me incluo aí) insistem tanto em complicar a vida, por favor. É tão ridiculamente simples! Realmente não entendo porque nos incomodamos tanto com problemas tão pequenos, reclamamos de barriga cheia, não olhamos para o próximo e nos repreendemos pela nossa própria humanidade. Quero dizer, a sociedade impõe tantas coisas, do tipo "PRECISAMOS passar para uma faculdade pública", "TEMOS que nos preocupar com a roupa que vestimos porque isso mostra qual personalidade possuímos", "NÃO PODEMOS ter uma mente aberta, ser a favor da legalização da maconha", por exemplo, ou "ir contra o Sistema" porque aí somos vagabundos ou não sabemos do que falamos. A sociedade, com a mídia e todo o seu mecanismo de alienação, nos transforma em fantoches sem que percebamos e aí nós deixamos de ver a vida como ela realmente é! Mas isso é uma droga sem tamanho, porque aí criamos patamares cada vez mais altos para atingirmos a própria satisfação pessoal e definições errôneas sobre o que é ser feliz e viver. VIVER consiste em ignorar completamente os estereótipos impostos pelos "poderosos" do mundo (aqueles que desviam milhões do povo para suas contas bancárias), ou mesmo pela propaganda que estipula o modelo de mulheres magérrimas e esbeltas como ideal (esquecendo a beleza da diversidade), e  então simplesmente assumir a própria identidade. VIVER consiste na ideia de: se quer comer, coma, se quer dançar, dance, se quer ir ao cinema, vá e foda-se! Se sua felicidade está em ficar em casa trancado no escuro estudando, então faça isso; se você precisa de substâncias tóxicas para encontrá-la, que seja! Drogue-se! A vida é sua e você tem direito de fazer o que quiser com a mesma, contanto que não influa negativamente nas vidas alheias. Contudo, isso também é complicado, pois saibam, está tudo conectado; foi somente o fato de você ter acordado hoje da forma como acordou que me possibilita estar aqui agora escrevendo - e vice-e-versa. Às vezes o elevador que se perde ou o ônibus que se pega fora do ponto determinam se vamos viver ou morrer, porque a vida é cheia de armadilhas e premiações cuja existências mal percebemos, mas estão aí. Logo, é complicado não fazer nada para influenciar outras vidas, já que cada ação e pensamento nosso, de cada mísero segundinho o faz. Mas voltando ao foco...
Sinceramente, acho que nos repreendemos porque é muito difícil nadar contra o fluxo, mas também acho tão, tão melhor não dar a mínima para a opinião alheia (ainda que isso signifique precisar ser psicologicamente forte). De verdade, tornei-me muito mais feliz e completa quando percebi que as pessoas sempre pensarão coisas sobre mim (coisas que raramente serão verdadeiras), e que contra isso eu não posso fazer nada, afinal, eu também não deixo de pensar coisas sobre todos; isso é normal, é coisa de ser humano. Por mais que eu mesma tente ser justa e não julgar os outros, não sou de ferro e cresci imersa nos pobres valores da sociedade; logo, não escapo. Mas, pelo menos, tenho o mínimo de senso crítico e grito a plenos pulmões que não devemos nos importar com as opiniões alheias e que o mundo é muito escroto, apesar de continuar lindo. Mudando um pouquinho de assunto, eu creio que ele é escroto por guardar tantas superpotências riquíssimas que aceitam a pobreza de países miseráveis e não movem um dedinho pra ajudar; é escroto por ainda ser berço de povos que menosprezam as mulheres e tratam determinadas pessoas como se não fosse todo mundo feito da mesma carne e do mesmo osso. O mundo é escroto por ser regido por pedaços de papel, que determinam o quanto de dignidade uma pessoa pode ter, e por ser pai de pessoas que ainda guerreiam até a morte em busca riquezas materiais - pessoas essas que também são capazes de cometer crueldades e injustiças incomensuráveis para próprio benefício, luxo e prazer.
E aí minha crítica reaparece: se a vida é tão simples, se as coisas mais preciosas e puras são a paz e o amor e se muitos sabem disso, por que somos ainda tão incapazes de cultivá-las e de entender que, para estarmos bem, nossos irmãos também precisam estar? Sinceramente, apesar de ser muitíssimo feliz, sinto com certa urgência como se algo ainda não estivesse fluindo quando ando pelas ruas e deparo-me com pessoas em condições deploráveis, implorando por ajuda sem coragem alguma para fitar os outros nos olhos. Então, alguém por favor responda, por que às vezes sinto que tão poucos sentem o mesmo?

Eu juro: a solução para todos os nossos problemas é percebermos com mais frequência o quanto somos felizes, agradecer diariamente à Vida por mais um dia e encontrar o prazer na ajuda ao próximo. A solução para todos os nossos problemas é sermos quem somos sem medo, ignorando as muitas coisas bobas que tanto nos perturbam e que são paupérrimas na essência.
Ah, gente, deu pra entender a mensagem? Cansei de digitar hoje, mas estou feliz por ter expressado, mais uma vez, um pouquinho do que penso.
Beijo, beijo!

Um comentário:

  1. Falando em faculdade etc... Qual você pretende fazer?
    Adorei o texto, realmente nós temos que ser o que somos e fazer o que nos deixa bem.

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