se vês em meus olhos
a graça da chuva
não rias, não toques
és tu minha dor
se já não te peço
um beijo sincero
entendas, roubastes
de mim meu calor
e essa tristeza
calada aqui dentro
tu jogastes, à força
num abismo sem cor
e agora me resta
negar desonesta:
teu cerne não arde
não surda o amor
pois vá e não voltes
te afastes, demores
escolha o caminho
mais longe que for
e voe, bem alto
pra fora do peito
que escorre o peso
de todo esse horror.
de todo esse horror.
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