quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Curto monólogo


Eu perguntei a mim mesma: pode um coração que jamais provou do amor, amar? Será um homem não-amado capaz de conhecer, ao invés de reconhecer, o amor em alguma outra coisa qualquer?
Pouco pensei, logo entendi que sim. O ser humano, como todas as criaturas vivas, é feito de amor, por amor e sobretudo, para amar. A necessidade desse sentimento existe e coexiste com a sua própria realidade humana, e, assim, todo homem e mulher, antes mesmo de nascer, ama e desama com a mesma naturalidade com a qual a vida lhe possui, e seu coração se enche e se extasia, involuntariamente, com a gratidão gloriosa do amar, em um processo simples e contínuo como um rio desaguando.

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