Nunca dediquei muito tempo aos estudos políticos, tampouco conheço o suficiente dos candidatos que hoje possuímos para falar com autoridade. Entretanto, nesse polêmico dia de eleição, venho destapar-me duns conceitos que mantenho meio preponderantemente e que gostaria de partilhar.
Vejo muitas pessoas por ai gritando, com o maior orgulho do mundo, que irão ou que já votaram em branco, ou seja, que anularam, como se não tivesse a menor importância, sua chance de escolher uma pessoa para influenciar o futuro do nosso país. Eu respeito, pois acho que votar seja algo muito sério e que não caiba à ninguém dar satisfação aos outros sobre o porquê de suas escolhas. Ainda assim, gostaria que todos dessem valor ao incrível direito (e, infelizmente, dever) que é este de votar, quando tantos anos de batalha se escorreram para que pudéssemos, hoje, digitar uns números e apertar o enter. Por mais que essa seja uma opinião clichê, realmente creio que tenhamos esse débito com nossos antepassados e que como brasileiros, devêssemos admirar a oportunidade que nos é dada de fazer a diferença.
Talvez eu seja mais uma dessas pessoas iludidas com o "magnífico e superfantástico poder do voto", e muitos certamente dirão que mudanças não surgem baseadas no voto específico de alguém, mas que é necessário milhões de cabeças pensantes etc para proporcionar algo desse gênero. Pois sussurro que não, querido leitor, eu com toda a certeza sou capaz de mudar o mundo com minhas decisões, porque acredito nessa capacidade e assim ela se torna muito, muito forte. Além disso, bem como a gentileza que se espalha gerando mais gentileza, ideais corretos (ainda que corretos para uma minoria) o fazem igualmente.
Mesmo que tenhamos consciência de que a corrupção e outros valores deturpados preenchem muitos dos políticos que elegemos ou que aceitamos eleitos, sentir-se triste e revoltado por isso e manter-se inerte não resolve nada. Mas acreditemos, estudemos. Votemos naqueles que realmente creiamos que possuam a capacidade para fazer lá, onde pouca voz temos, a diferença que desejamos com tanto ímpeto aqui. E deixemos de ser "aquele garoto que queria mudar o mundo e agora assiste à tudo em cima do muro" tornando inexistente o voto que tanto devemos prezar.
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